no quarto completamente escuro,
me fazem companhia as luzes do rádio-relógio.
são quatro e vinte e seis.
sinto
cada
segundo
passar
lento
e
pesado
como
um
elefante.
fecho os olhos.
eu falo para mim mesmo que não mereço isso.
eu mesmo retruco e digo que mereço sim.
abro o olho esquerdo apenas;
passou um minuto.
fecho o olho.
no instante em que tento voltar a dormir,
volto a pensar no que me tira o sono.
o seu rosto ainda não saiu da minha cabeça,
e não tem data para sair.
abro os olhos:
quatro e quarenta e sete.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário