jalecos brancos me atendem num prédio.
paletós negros me atendem no outro.
um boné coloca gasolina no meu carro.
um avental preenche de cerveja o meu copo.
um uniforme escolar passa de bicicleta.
uma farda me manda encostar,
e uma roupa velha me pede uma moeda
as pessoas não têm mais face.
só tomei conta disso ao perceber que também sou assim:
visto como um corpo sem rosto.
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