dos espinhos desta rosa,
só quero ver meu sangue.
tão vermelho quanto a flor,
tão doce quanto esse pudor.
tiro pétala por pétala,
quero ver o que se esconde.
vou delicadamente despindo
essa flor, sempre sorrindo.
não sei acreditar
no que meus olhos vêem.
não sei se quero mais continuar,
a curiosidade só sabe amedrontar,
mas meus dedos já fugiram de mim.
vou até o fim.
o odor que se liberta,
as cores que se soltam,
o sabor que me controla,
o prazer que ultrapassa o saber.
mas então me deparo com o pior:
ao fim desta roseira,
há muitas outras,
maiores e mais amedrontadoras.
a coragem necessária,
só em um lugar pode ser encontrada,
e eu fico feliz por possuí-la.
ela só existe no coração dos homens que a mereçam.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário